A eutanásia é uma questão de
lógica. Se partirmos da premissa que a morte é o fim, chegamos
naturalmente à conclusão de que matar um doente incurável ou uma criança
é um ato de piedade. Mas se partirmos da premissa de que a morte é
apenas o fim de uma existência, nossa piedade será assassina. Uma
premissa falsa nos leva a um raciocínio criminoso, para raciocinar de
maneira certa precisamos dispor de dados certos sobre o problemas que
enfrentamos. O materialismo só conhece o corpo e não leva em conta a
existência da alma. Ignora por completo o sentido da vida. Seu
raciocínio sobre a eutanásia se funda na ignorância.
O espiritualista sabe que a alma
sobrevive ao corpo, mas nem todo espiritualista conhece o processo da
vida. Seu raciocínio sobre a eutanásia pode levá-lo a um sofisma. Mas o
espírita sabe que a vida é um processo de evolução e que cada existência
corpórea é o resultado das fases anteriores desse processo. O espírita
dispõe de dados seguros e precisos sobre o fenômeno biológico da morte.
Esses dados, obtidos nas experiências científicas do Espiritismo, estão
hoje sendo confirmados pelas pesquisas parapsicológicas e físicas sobre o
transe da morte. Basta a descoberta do corpo bioplasmático pelos
físicos e biólogos para advertir os espíritos sistemáticos de que podem
estar enganados.
Os inquisidores medievais queimavam os
supostos hereges em nome da caridade, para livrá-los do fogo eterno do
inferno. Os materialistas atuais pretendem abreviar a morte em nome da
piedade racional. Elas por elas, temos o dogmatismo da ignorância
tripudiando sobre os direitos da vida. A mensagem de EMMANUEL é uma
advertência da razão esclarecida e deve ser meditada em todos os termos.
Não basta lê-la, é preciso estudá-la.
(Irmão Saulo)
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