Invadiu-me certa vez uma inexorável perplexidade acerca do sentido da vida.
Decidi, então, peregrinar por este mundo em fora, para decifrar tão profundo enigma.
A todos os seres que encontrava propunha a questão.
À frondosa árvore, enraizada no centro de grande praça, supliquei que me revelasse sua verdadeira missão.
Explanou-me ela:
"Em primeiro lugar, devo manter-me viva, forte, saudável, para melhor poder cumprir meu papel.
Em segundo, descobrir exatamente qual seja este papel.
E, por fim, desempenhá-lo diligentemente.
A mim cabe proteger os peregrinos que por aqui passam, nos tórridos dias de verão, ofertando-lhes minha generosa sombra."
Segui adiante e deparei-me com um belo gato siamês.
Segredou-me ele que sua missão consistia em fazer companhia a uma velha senhora, ofertando a ela todo seu encanto e ternura.
Por muitos e muitos dias, por escabrosas veredas, feri meus pés à procura de respostas à pungente dúvida.
O esforço foi sobejamente recompensado. Mas eu sentia que era preciso ainda ouvir uma sábia opinião de um representante do gênero humano.
Finalmente, após fatigante busca, no alto de um outeiro, encontrei um sábio anacoreta, longas barbas brancas, olhar perdido no horizonte, a meditar...
Acolheu-me amavelmente. Após ouvir, todo paciência e atenção, meu relato e minhas súplicas, sentenciou gravemente:
sábado, 8 de setembro de 2012
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
Aprendendo a orar
Um homem ficou muito enfermo e sua filha, preocupada, pediu a um amigo que fosse conversar com ele.
Ela sabia que o pai precisava muito de orações e como não o via orando, pediu ao seu amigo que o visitasse e orasse com ele.
Quando o amigo entrou no quarto, encontrou o pobre homem deitado, com a cabeça apoiada num par de almofadas.
Havia uma cadeira ao lado da cama, fato que levou o visitante a pensar que o homem estava aguardando a sua chegada.
Você estava me esperando? - perguntou.
Não. Por que?- respondeu o homem enfermo.
Sou amigo de sua filha. Ela pediu-me que viesse orar com você. Quando entrei e vi a cadeira vazia ao lado da sua cama, imaginei que soubesse que eu viria visitá-lo.
Ah, sim, a cadeira... Você não se importaria de fechar a porta?
O visitante se ergueu e fechou a porta. O doente então lhe confidenciou:
Nunca contei isto para ninguém. Passei toda a minha vida sem ter aprendido a orar. Quando entrava em alguma igreja e ouvia falarem a respeito da oração, de como se deve orar e os benefícios que recebemos através dela, não queria saber de orações.
As informações entravam por um ouvido e saíam por outro. Eu achava tudo sem sentido.
Ela sabia que o pai precisava muito de orações e como não o via orando, pediu ao seu amigo que o visitasse e orasse com ele.
Quando o amigo entrou no quarto, encontrou o pobre homem deitado, com a cabeça apoiada num par de almofadas.
Havia uma cadeira ao lado da cama, fato que levou o visitante a pensar que o homem estava aguardando a sua chegada.
Você estava me esperando? - perguntou.
Não. Por que?- respondeu o homem enfermo.
Sou amigo de sua filha. Ela pediu-me que viesse orar com você. Quando entrei e vi a cadeira vazia ao lado da sua cama, imaginei que soubesse que eu viria visitá-lo.
Ah, sim, a cadeira... Você não se importaria de fechar a porta?
O visitante se ergueu e fechou a porta. O doente então lhe confidenciou:
Nunca contei isto para ninguém. Passei toda a minha vida sem ter aprendido a orar. Quando entrava em alguma igreja e ouvia falarem a respeito da oração, de como se deve orar e os benefícios que recebemos através dela, não queria saber de orações.
As informações entravam por um ouvido e saíam por outro. Eu achava tudo sem sentido.
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