Amigos da Terra perguntam
freqüentemente pela opinião dos companheiros desencarnados, com respeito
à eutanásia. E acrescentam que filósofos e cientistas diversos aderem
hoje à idéia de se apoiar longamente a morte administrada, seja por
imposição de recursos medicamentosos ou por abandono de tratamento.
Declaram-se muitos deles confrangidos diante dos problemas das crianças
que surgem desfiguradas no berço, ou à frente dos portadores de
enfermidades supostas irreversíveis, muitas vezes em estado comatoso nos
recintos de assistência intensiva. Alguns chegam a indagar se os
pequeninos excepcionais devem ser considerados seres humanos e se existe
piedade em delongar os constrangimentos dos enfermos interpretados por
criaturas semimortas, insensíveis a qualquer reação.
Entretanto, imaginam isso pela
escassez dos recursos de espiritualidade de que dispõem para dilatar a
visão espiritual para lá do estágio físico.
É preciso lembrar que, em matéria de deformação, os complexos de culpa determinam inimagináveis alterações no corpo espiritual.
O homem vê unicamente o carro orgânico
em que o espírito viaja no espaço e no tempo, buscando a evolução
própria, mas habitualmente não enxerga os retoques de aprimoramento ou
as dilapidações que o passageiro vai imprimindo em si mesmo, para efeito
de avaliação de mérito e demérito, quando se lhe promova o desembarque
na estação de destino.