Um redator de importante revista nacional escreveu, em um de
seus artigos, algo que nos levou a reflexões a respeito da vida que
levamos.
Escreveu ele que pode até não ser verdade. Talvez a História não comprove o fato, contudo, é uma excelente ideia.
Na Roma antiga, quando um general voltava de uma campanha vitoriosa no estrangeiro, fazia-se uma grande procissão pela cidade.
O povo saía às ruas para assistir o desfile triunfal do comandante
vencedor e homenagear a grandeza que ele trazia para a pátria.
Era a honra máxima que um cidadão romano podia almejar. Mas, para chegar a isso, ele devia ter trabalhado muito por Roma.
Ele devia ter matado em combate pelo menos cinco mil soldados
inimigos; tinha de mostrar os chefes derrotados, que desfilavam atrás do
seu carro; devia ter enfrentado um exército, no mínimo, equivalente ao
seu.
E, acima de tudo, devia trazer a sua tropa de volta para casa porque um líder é responsável pelos seus liderados.
Entretanto, os romanos, que passaram à História como os símbolos do
orgulho, paradoxalmente tinham em alta conta a modéstia pessoal.
Como, então, receber toda essa homenagem, desfilar vitorioso pela
multidão como um rei, ser ovacionado como o grande triunfador e não se
encher de soberba?