Atônito e angustiado sob a
constrição deprimente da vasta propaganda do sexo alucinado, lentamente
perdes a diretriz do equilíbrio diante do desvario que em todo lugar
comanda homens e mulheres, conduzindo-os a estados lamentáveis.
Lês, desnorteado, conceitos da “nova
moral” e já não consegues discernir quais os estados patológicos da
emoção desvairada daqueles que constituem a vida normal.
Tratadistas preocupados em granjear
público delirante, investem, aventureiros, nos problemas graves do
comportamento humano, abordando questões de transcendente importância,
ao paladar da imensa neurose que se apossa das multidões, e apresentam
figurações desvirtuadas da realidade, como se o homem nada mais fosse do
que um “animal que pensa”, produzindo em ti, compreensível desajuste
ético.
Ouves conferências e acompanhas
discussões de sexólogos de ocasião, que tracejam rotas novas,
convertendo o ser num feixe de sensações de baixa ordem, e te perturbas
com a paisagem moral então em moda.