Temos
observado, de forma regular, o comportamento de pessoas, quando
necessitam pedir ajuda e, por vezes, temos nos surpreendido com algumas
reações.
Assim
foi há alguns dias, quando uma adolescente, na saída do colégio, contou
as moedas que portava e constatou que não eram suficientes para o que
desejava.
Virou-se, de maneira brusca, e pediu a um rapaz que transitava pela rua para que lhe completasse a quantia.
Fosse
porque ele não entendesse a questão ou porque a rudeza do gesto o
surpreendesse, o jovem desviou-se da garota e seguiu o seu caminho.
Ela o seguiu, zangada, puxou-o pelo braço e passou a lhe dirigir palavras agressivas, recheadas de rancor e desrespeito:
Você é surdo? Não entende o meu drama? Se estou pedindo é porque preciso e você tem que me dar.
Ante a cena inusitada, passamos a refletir se não temos nos portado de forma semelhante, quando nos dirigimos a Deus.
Outros,
optamos por tentativas de negociação com o Criador, como se Ele
dependesse de nós e não nós da Sua proteção e misericórdia.
Dessa
forma, pedimos o de que carecemos, seja saúde, emprego, afeto, afirmando
que, se formos atendidos, abandonaremos os vícios de que somos
portadores.
Novamente não nos damos conta de que libertarmo-nos das paixões inferiores é benefício próprio.
Ou então
dizemos que, atendidos, haveremos de prestar socorro aos mais pobres e
doentes, olvidando que fazer o bem beneficia a quem o pratica.
E atender o irmão em necessidade é dever que nos compete.
Assim agimos, desconsiderando as lições do Mestre Nazareno que estabeleceu: tudo que pedirdes ao Pai, em Meu nome, Ele vos dará.
Ora,
para pedir em nome do Cristo, necessário se faz proceder como se Ele
suplicasse. E não se pode conceber Jesus a exigir do Pai, ou impor
condições.
Pelo
contrário, no episódio do Horto das Oliveiras, Ele deixa claro que o Pai
O atenda, se for da Divina vontade e encerra com a frase:
Cumpra-se em tudo a Tua vontade e não a Minha.
Aprendamos
com quem Se evidenciou como o Caminho da Verdade e da Vida. Com o
Divino Pastor que Se apresentou como manso e humilde de coração.
Dirijamo-nos
ao Pai com a humildade do Espírito que se reconhece devedor e carente
de aprendizado. De quem padece dores e almeja o alívio, mesmo que se
faça por período breve.
Finalmente, como quem guarda a certeza de que o Pai, amoroso e bom, a todos os filhos dispensa os tesouros das Suas bênçãos.
* * *
Orando, chega-se ao Senhor, que nos deu, na prece, um meio seguro de comunicação com Sua infinita bondade.
Após as tarefas exaustivas junto ao povo, era hábito do Senhor Jesus orar em profundo silêncio, buscando a companhia do Pai.
A prece pode ser comparada a um interfone por meio do qual o homem fala com a Divindade e por cujos fios recebe as respostas.
Redação
do Momento Espírita, com frases finais baseadas no verbete Oração, do
livro Repositório de sabedoria, v. 2, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
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