Um redator de importante revista nacional escreveu, em um de
seus artigos, algo que nos levou a reflexões a respeito da vida que
levamos.
Escreveu ele que pode até não ser verdade. Talvez a História não comprove o fato, contudo, é uma excelente ideia.
Na Roma antiga, quando um general voltava de uma campanha vitoriosa no estrangeiro, fazia-se uma grande procissão pela cidade.
O povo saía às ruas para assistir o desfile triunfal do comandante
vencedor e homenagear a grandeza que ele trazia para a pátria.
Era a honra máxima que um cidadão romano podia almejar. Mas, para chegar a isso, ele devia ter trabalhado muito por Roma.
Ele devia ter matado em combate pelo menos cinco mil soldados
inimigos; tinha de mostrar os chefes derrotados, que desfilavam atrás do
seu carro; devia ter enfrentado um exército, no mínimo, equivalente ao
seu.
E, acima de tudo, devia trazer a sua tropa de volta para casa porque um líder é responsável pelos seus liderados.
Entretanto, os romanos, que passaram à História como os símbolos do
orgulho, paradoxalmente tinham em alta conta a modéstia pessoal.
Como, então, receber toda essa homenagem, desfilar vitorioso pela
multidão como um rei, ser ovacionado como o grande triunfador e não se
encher de soberba?
É aí que aparece a grande ideia. Logo atrás do general vitorioso, no
mesmo carro puxado por quatro cavalos, que ele conduzia, ficava um
escravo.
De tanto em tanto tempo, ele dizia baixinho, no ouvido do triunfador: Memento mori. Ou seja: Lembre-se de que você vai morrer um dia.
Com certeza, nada melhor para baixar a soberba de qualquer alta autoridade que começa a se achar o bom, o melhor.
* * *
Lembre-se de que você vai morrer um dia. Essa a reflexão que, de tempos em tempos, seria oportuno nos permitirmos.
Não somos imortais na carne, embora alguns, antecipando novas e
surpreendentes conquistas da ciência médica, apregoem que chegará o dia
em que não mais haveremos de morrer. Seria trágico e enfadonho.
Imortais somente como Espíritos, que entramos num corpo, vivemos,
produzimos, saímos dele, retornamos ao grande lar da Espiritualidade e
tornamos ao cenário do mundo.
Isso se chama dinamismo e renovação. Mas, lembrar que teremos fim um
dia, que nossos eventuais inimigos também haverão de morrer, que tudo
passa, é medida salutar.
Nada é perene, sobre a Terra. Passam as questões corriqueiras, o poder, a autoridade humana, a vida física.
O que hoje é, amanhã poderá deixar de ser.
Assim reflexionando, não ficaremos agarrados a pretensos cargos, a
fortunas, a interesses mesquinhos. Tudo é transitório na Terra.
Hoje detemos o cargo, amanhã estará em outras mãos. Hoje comandamos
centenas de pessoas, amanhã essas mesmas pessoas poderão estar
acompanhando nosso funeral.
Pensemos: somente o Espírito é imortal. Somente os bens espirituais são aqueles que podemos levar conosco, pelas vidas afora.
Assim sendo, semeemos o bem, façamos nosso melhor como se hoje fosse
nosso último dia neste mundo. Amemos, abracemos, façamos nosso melhor
porque o amanhã poderá nos surpreender nos campos da Espiritualidade.
Ali será outra realidade, outro tempo.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita, com dados iniciais colhidos no
artigo de J. R. Guzzo, publicado na revista Veja, de 29 de agosto de
2012.
Em 7.3.2013.
artigo de J. R. Guzzo, publicado na revista Veja, de 29 de agosto de
2012.
Em 7.3.2013.
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